Impeachment, Fraude, Intervenção Militar e Democracia. Procede?

Este final de semana 02 de Novembro, um dos assuntos que dominaram as redes sociais foram os protestos pedindo o Impeachment da Presidente Dilma Rousseff e a intervenção militar. Vários debates se alongaram durante o dia e os mais variados e bizarros argumentos foram discutidos. O que poucas pessoas perceberam foi que mesmo contrariando os ideais democráticos, e por mais bizarro que pareçam ser, os protestos pedindo intervenção militar e por consequência uma ditadura, nada mais são do que atos democráticos e legítimos que devem sim serem respeitados. Afinal de contas a Democracia não se limita as liberdades e direitos que beneficiam apenas eu e voce . Os protestos de hoje foram pacíficos e bem organizados e por isso devem ser respeitados. No caso do Impeachment da Presidente Dilma, ha também a liberdade e os direitos democráticos de protesto. Mesmo que estas manifestações logo após a reeleição da Presidente pareçam ser mais uma dor de cotovelo da oposição do que um grito por justiça e democracia, é preciso levar a serio as denuncias de corrupção que devem ser apuradas na forma da Lei. E se a veracidade de tais denuncias vierem a ser confirmadas é possível que um processo de impedimento seja iniciado pelos meios legais da nossa Constituição federal.

Um outro assunto que anda circulando nas redes sociais são inúmeras denuncias de fraude das urnas electrónicas durante as ultimas eleições, principalmente por parte dos eleitores do PSDB, algo que também deveria ser feito por todos os eleitores considerando a seriedade e a ameaça imposta ao processo democrático. Ha alguns movimentos pedindo o cancelamento das eleições por conta de denuncias de fraude. Mas, mesmo acreditando que as urnas podem sim serem fraudadas, afinal de contas elas não são o único sistema imune a corrupção humana,  é difícil acreditar que alguns possíveis casos isolados de fraude, que possivelmente tenham acontecido, poderiam ter mudado o resultado das eleições já que, a diferença de mais de 3 milhões de votos estavam espalhados por todo o território Brasileiro e não apenas concentrado em uma única região de controle de um único partido. Um outro ponto para questionamento é; se as urnas foram fraudadas, por que não teria havido fraude nas eleições para governo dos estados de,  RS, SP,DF, GO, MS, PA, PB, RN, RO, PE, PR e RR, onde todos estes estados elegeram governadores do PSDB ou aliados usando as mesmas urnas electrónicas usadas para eleger a Presidente?  Sem falar dos Deputados e Senadores eleitos que usaram as mesmas urnas electrónicas. Em muitos estados houve alternância de poder como no RS, e em outros estados houveram reeleições. Por outro lado, nada disso deve impedir que as denuncias sejam investigadas a fundo, mas, ao mesmo tempo, cancelar as eleições parece ser um exagero por parte de eleitores inconformados com o resultado final. Cabe a Justiça eleitoral a palavra final. Saudações  Fraternas!

Michaell Lange, Londres – 02/11/14

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